Apresentação

“Desenhar é levar uma linha para passear.” Paul klee É normal pedir às crianças para desenhar e habitualmente fazem-no com prazer. O desenho é uma das formas de expressão natural de sentimentos, emoções e conflitos, é um jogo e um meio de comunicação, para além de contribuir para o desenvolvimento global da criança. Para tal, o professor deve estar preparado para compreender a atividade artística em geral e o desenho da criança em particular. O convite para desenhar pretende dotar os formandos de conhecimentos técnicos básicos e essenciais ao nível do desenho, para que sejam potenciadores do desenho da criança, da capacidade de observação e criatividade. Esta ação propõe que se explorarem as competências ao nível do desenho, em diversas contextos e meios, com fim à criação de mais recursos e materiais para a prática letiva, por efeito da partilha e vivência de experiências, de atualização e aperfeiçoamento de conhecimento didático, na implementação de estratégias inclusivas de ensino e aprendizagem, direcionadas para a promoção do sucesso escolar.

Destinatários

Docentes dos Grupos 100 e 110

Releva

Para os efeitos previstos no n.º 1 do artigo 8.º, do Regime Jurídico da Formação Contínua de Professores, a presente ação releva para efeitos de progressão em carreira de Docentes dos Grupos 100 e 110. Mais se certifica que, para os efeitos previstos no artigo 9.º, do Regime Jurídico da Formação Contínua de Professores (dimensão científica e pedagógica), a presente ação releva para efeitos de progressão em carreira de Docentes dos Grupos 100 e 110.

Objetivos

•Mobilizar as Artes Visuais na Educação Pré-Escolar e no 1.º Ciclo do Ensino Básico – Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar; Aprendizagens Essenciais e Perfil do Aluno à Saída da Escolaridade Obrigatória; •Refletir sobre as diferentes análises do desenho; •Identificar as etapas do Desenvolvimento gráfico infantil; •Vivenciar e partilhar experiências de técnicas de desenho livre e com recurso a ferramentas digitais; •Aprofundar domínios operativos, reflexivos e didáticos que possibilitem: -A apropriação das linguagens especificas da educação artística; -O desenvolvimento da capacidade expressiva e a adequada manipulação de instrumentos e suportes; -O desenvolvimento da perceção visual, como educação do olhar e do ver; -A utilização adequada e criativa de diferentes metodologias ajustadas à ação educativa.

Conteúdos

1. O Desenho na Educação Pré-Escolar e no 1.º Ciclo do Ensino Básico (2h00) 2. Diferentes análises sobre o desenho (3h00) 2.1. O desenho como jogo 2.2. O desenho e a motricidade 2.3. O desenho como instrumento de registo 2.4. O desenho da figura humana 2.5. O desenho geométrico 2.6. O desenho como forma de expressão, de sentimentos e conflitos 2.7. O desenho e o sentido estético 3. Etapas do Desenvolvimento Gráfico Infantil (4h00) 3.1. O que ter em conta quando observamos um desenho – Categorias de análise 4. Materiais de desenho (6h00) 4.1. Origem do lápis de grafite, tipos de lápis de grafite, lápis de cor e materiais riscadores 4.2. Tipos de suportes, tamanho e formatos para o desenho com crianças 4.3. O desenho com recurso a ferramentas digitais 5. Realização de exercícios individuais e de grupo explorando os sentidos, vários materiais riscadores e suportes (10h00) 6. Organização de um portfólio de recursos e de trabalhos propostos para melhoria das práticas letivas (ao longo da formação) A duração da ação é de 25 horas presenciais. A necessidade de investimento nesta aprendizagem ditará o número de horas que cada formando utilizará entre sessões.

Metodologias

Embora a ação seja essencialmente prática, as atividades desenvolvem-se em sessões teórico-práticas, com recurso a metodologias de trabalho individual e a experimentação de técnicas e atividades de desenho, de trabalho de colaborativo e de interação contextualizando a prática pedagógica dos formandos. As sessões são apoiadas com meios audiovisuais e documentação. A parte final de cada sessão será dedicada à reflexão participada dos formandos quanto aos assuntos apresentados.

Avaliação

- Avaliação de acordo com o Art 46º do ECD em vigor e as orientações das Cartas Circular CCPFC-3/2007 e CCPFC-1/2008. - A avaliação das atividades desenvolvidas será contínua e incidirá sobre a qualidade, o nível de participação e o empenho na realização/apresentação/discussão/debate das atividades propostas ao longo das sessões. - Também incindirá sobre um relatório final individual reflexivo de cada formando.

Bibliografia

D’Alte Rodrigues, D. (2016). A infância da Arte, a arte da infância. Edições ASAPerondi, D. (2001). Processo de alfabetização e desenvolvimento do grafismo infantil. EDUCSPiaget, J. (1948). A formação dos símbolos na criança. PUFSalvador, A. (1982). Conhecer a criança através do desenho. Porto EditoraSousa, A. S. (2003). Educação pela arte e artes na educação – 3º Volume. Música e Artes Plásticas. Instituto Piaget

Formador

Lúcia Manuela de Jesus Mendes Lopes

Cronograma