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"Qualquer caminho leva a toda a parte" - ARTE BRUTA ou OUTSIDER ART turma 02

Apresentação

A renovação do exercício diário da docência é fundamental para um contexto escolar que se quer implicado e transformador. Nesta ação de formação, propomos dar a conhecer a Arte Bruta ou Outsider Art, como uma forma catártica de expressão, arte pura, reveladora de visões pessoais, indiferente à cultura erudita e às convenções plásticas e pictóricas e, como tal, uma forma de expressão agregadora e integradora. O contacto com estas premissas, em particular por parte dos docentes que trabalham com alunos que apresentam dificuldades de aprendizagem, privilegiando técnicas de desenvolvimento da espontaneidade e da fantasia, que obtêm a sua expressão no mundo concreto, visa possibilitar um trabalho criativo de experimentação de métodos artísticos lúdicos, de materiais suscetíveis de serem usados plasticamente pelos alunos para o desenvolvimento de alternativas compositivas, incorporando novos códigos visuais e sensitivos, em alternativa a uma prática docente tendencialmente lógico-verbal. Em suma, propõe-se um trabalho colaborativo e interdisciplinar, promotor de um entendimento transversal do currículo e fomentador de práticas inovadoras e agregadoras.

Destinatários

Professores dos grupos de recrutamento 110, 910 e 920

Releva

Para os efeitos previstos no n.º 1 do artigo 8.º, do Regime Jurídico da Formação Contínua de Professores, a presente ação releva para efeitos de progressão em carreira de Professores dos grupos de recrutamento 110, 910 e 920. Mais se certifica que, para os efeitos previstos no artigo 9.º, do Regime Jurídico da Formação Contínua de Professores (dimensão científica e pedagógica), a presente ação releva para efeitos de progressão em carreira de Professores dos grupos de recrutamento 110, 910 e 920.

Objetivos

- Dar a conhecer a Arte Bruta ou Outsider Art, como uma forma de expressão agregadora e integradora; - Fomentar o uso de técnicas de desenvolvimento da espontaneidade e da fantasia que obtêm a sua expressão no mundo concreto; - Explorar as potencialidades dos materiais suscetíveis de ser usados plasticamente pelos alunos e desenvolver alternativas compositivas; - Analisar obras plásticas de Arte Bruta, enquanto expressão reveladora de visões pessoais, indiferente à cultura erudita e às convenções plásticas e pictóricas; - Elaborar atividades a desenvolver com os alunos, aplicando as técnicas e materiais apresentados e diversificando sugestões de expressão plástica, de arte bruta; - Partilhar e analisar, com o grupo, as atividades e o portfólio criado com experimentações, aferindo visões particulares do(s) aluno(s), a narrativa inerente, que apresentarão ao grupo.

Conteúdos

Nas Sessões presenciais Parte I - A ARTE BRUTA. CONTEXTUALIZAÇÃO E ASPETOS TEÓRICOS: 6 horas 1. A arte; A Arte como emoção; Formas puras de criação; 2. Apresentação de alguns movimentos e artistas; 3.Contextualização histórica da Arte Bruta ou Outsider Art. Características; 4. Apresentação de Jean Dubuffet e outros artistas da Arte Bruta e suas narrativas; 5. Análise de obras plásticas de Arte Bruta; 6. Exploração da plasticidade de alguns materiais de expressão plástica. Parte II - EXPLORAÇÃO DA PLASTICIDADE DE ALGUNS MATERIAIS DE ARTE: 9 horas 7. Elementos da linguagem visual, códigos visuais e sensitivos; 8. Técnicas de construção de roteiros que promovam a espontaneidade e a fantasia das crianças, com a coordenação não interventiva, mas orientadora do adulto; 9. Técnicas de construção de Roteiros; 10. Manipulação de escalas e esquemas compositivos; 11. Criação de atividades a desenvolver com os alunos. Parte III – PARTILHA: 3 horas 12. Apresentação dos trabalhos finais - na última sessão; 13. Formas de disseminação. Nas sessões de trabalho autónomo Parte I - 3 horas 14. Leitura de artigos, excertos de obras e visionamento de documentários. Parte II - 15 horas 15. Aplicação das atividades, individualmente, a um ou vários alunos. 16. Documentação fotográfica do processo e construção do portefólio.

Metodologias

Sessões Presenciais: Nas sessões presenciais far-se-á uma abordagem teórica ao tema. Estudar-se-ão algumas obras enquanto veículo de comunicação e os seus aspetos formais e plásticos. A componente prática decorre da aplicação de roteiros e da experimentação, que se pretende espontânea, mas orientada, de materiais e técnicas, segundo premissas inerentes à Arte Bruta e que conduzem a um resultado estético, e para implementação com alunos. Sob o ponto de vista produtivo, os docentes registarão os processos decorrentes da experimentação e criarão uma proposta de trabalho a partilhar com os colegas. Trabalho autónomo: - Leitura de artigos, excertos de obras e visionamento de documentários. - Implementação das atividades desenvolvidas nas sessões presenciais junto dos alunos. - Avaliação das atividades – verificação de necessidade de reformulação. - Elaboração de portefólio (inclui registo fotográfico) com os materiais e atividades desenvolvidas e realizadas.

Avaliação

A avaliação dos formandos será feita de acordo com os Critérios Gerais de Avaliação definidos pelo CFAE de LeiriMar, determinados pelo Regime Jurídico da Formação Contínua de Professores e pela Carta Circular 3/2007 do CCPFC. No final da ação, será atribuída uma classificação quantitativa na escala de 1 a 10 valores. Considera-se classificação positiva toda e qualquer avaliação igual ou superior a 5, implicando atribuição de créditos de formação. As avaliações inferiores a 5 implicam reprovação do formando. Nessa avaliação serão tidos em conta alguns indicadores: • Participação na ação, realizada com base na observação direta feita pelo formador, tendo como base a participação e desempenho dos formandos na realização dos trabalhos; • Portefólio do trabalho autónomo realizado na ação, em grupo; • Reflexão individual crítica do percurso formativo com a indicação dos impactos no desenvolvimento profissional e organizacional. Creditação final de acordo com o regulamento da modalidade. A certificação da Ação será efetuada de acordo com a legislação em vigor.

Bibliografia

COLVIN, Whitney and Mc CARROL, Elizabeth. (2013). Art for children with delays and disabilities: Teaching the way children learn. Texas Child Care / Volume 37, No. 2.DELAVAUX, Céline. (2019). Art Brut. Le guide. Flammanon.OLIVEIRA, Miguel e MILHANO, Sandrina. (2010). As Artes na Educação – Contextos de aprendizagem promotores de criatividade. Leiria: Folheto.ONUR ERMAN, D. (2018). Purest form of creation: Art Brut. New Trends and Issues Proceedings on Humanities and Social Sciences. [Online]. 5(6), pp 134-142. Acessível em: www.prosoc.eu (consultado em 6/11/2023.TASPINAR, Sevda Eraslan. (2022). Design Thinking and Art Education. Anadolu University Journal of Art and Design.

Formador

Maria Isabel Pinto Ferreira Lourenço

Início: 07-05-2024
Fim: 18-06-2024
Acreditação: CCPFC/ACC-122002/23
Modalidade: Oficina
Pessoal: Docente
Regime: Presencial
Duração: 36 h
Local: Escola Básica 2, 3 D. Dinis, Leiria